As pesquisas podem ser classificadas como:
1. Quanto à Natureza das Variáveis
Qualitativas Quantitativas
2. Quanto ao Objetivo e Grau do Problema
Exploratória Descritiva Causal
3. Quanto ao Escopo (Amplitude e Profundidade)
Estudo de Caso Estudo de Campo
Levantamento Amostral
5. Quanto ao Controle
Laboratório Experimento de Campo
Quadro No. 1 - Classificação das Pesquisas
Nas pesquisas quantitativas predominam os métodos estatísticos, com utilização de variáveis bem definidas e cálculos, utilizando estatísticas descritivas e/ou inferenciais. Nas pesquisas qualitativas há uma predominância de classificações, de análises mais dissertativas, de menos cálculos. De qualquer forma, como sempre haverá explicações sobre fenômenos, cálculos e resultados quantitativos, as pesquisas têm em si os dois métodos. A classificação é, em alguns casos, sutil, mas na maioria das vezes se distingue pela predominância de técnicas analíticas quantitativas ou qualitativas, balizadas pelo próprio fenômeno estudado.
Manual de Elaboração de Tese, Dissertação e Monografia 10
A maioria das pesquisas no Brasil (cerca de 80 a 90%) é de natureza qualitativa. Há um esforço das escolas com programas de stricto sensu de aumentar a proporcionalidade das pesquisas quantitativas, pois as modelagens utilizando métodos quantitativos sofisticados têm uma preferência nas menções honrosas e nas melhores revistas científicas.
As pesquisas exploratórias são usadas quando pouco se conhece o assunto. Suas conclusões geram hipóteses para pesquisas futuras. As pesquisas descritivas determinam quando, quanto, onde e como um fenômeno ocorre e aceitam hipóteses. As pesquisas causais procuram explicar porque um fenômeno ocorre, determinando-se variáveis dependentes e independentes, procurando-se identificar e analisar a relação entre elas, quase sempre através de métodos estatísticos mais apurados.
Nas pesquisas exploratórias e descritivas predominam os métodos qualitativos e/ou quantitativos, e nas pesquisas causais há uma predominância dos métodos quantitativos.
Os estudos de caso referem-se à uma situação, entidade ou conjunto de entidades que têm um mesmo comportamento ou são do mesmo perfil. Eles têm uma profundidade bem maior que os estudos de campo e uma reduzida amplitude em função do baixo número de elementos de pesquisas. Não se pode generalizar as conclusões dos estudos de caso, pois são particulares. As conclusões de estudos de caso geram hipóteses para pesquisas de fenômenos que envolvam um maior contingente de pesquisa. Os estudos de campo envolvem um número razoável de elementos de pesquisa, ou seja, têm uma amplitude maior que os estudos de caso, aceitam hipóteses, mas têm menos profundidade que os estudos de caso, e resulta em generalizações com certas restrições. Os levantamentos amostrais têm menor profundidade que os demais, mas são realizados com uma população bem maior que os estudos de campo, isto é, têm alta amplitude, utilizam-se de hipóteses, e produzem generalizações na conclusão. Nesses tipos de estudos são verificadas as possibilidades de se utilizar amostras em vez de censo. Há casos em que o censo é imprescindível, como nas situações em que há condições da investigação, exigências de financiamento da pesquisa, quando há infra-estrutura, viabilidade e tempo, ou por questões de perecibilidade dos elementos amostrais.
As pesquisas de laboratório são mais utilizadas nas ciências exatas. Nas ciências sociais há uma predominância de experimentos de campo, com apoio teórico (pesquisa teórico-empírica).
O objeto de um trabalho de stricto e lato sensu normalmente apresenta-se como:
a) revisão de modelos teóricos no tema apresentado, justificando-se a escolha de um desses modelos para utilizar como apoio à pesquisa. Analisam-se as informações por meio de dados primários, baseadas em entrevistas ou em questionários;
b) outra opção é mesclar modelos teóricos, para apoiar as questões ou variáveis a analisar baseado em um roteiro de entrevista ou perguntas de um questionário;
c) nas pesquisas baseadas em dados secundários, normalmente há interesse em análises quantitativas;
d) utilizam-se também estudos de caso ou multicasos comparando-se os resultados encontrados com a teoria de apoio da pesquisa; e) teste de hipóteses, modelos ou teorias a partir de dados primários e secundários.
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2. GABARITOS
A seguir, apresentam-se os gabaritos para a confecção do trabalho.
Espaços Especificação Entre linhas 1,5 ou duplo Nas notas de rodapé Simples Entre parágrafos Duplo Entre o texto e ilustrações (tabela, gráfico...) Duplo
Entre o texto e citações longas (mais de 3 linhas)
Duplo Duplo
Do início do texto após um título Duplo Duplo Do início do texto sem título 0 (zero), (somente o espaçamento da margem superior) Quadro No. 2. Gabarito: Espaços
Paginação Especificação Até a Introdução Letra romana e minúscula. Posição no canto superior direito. Da Introdução em diante Número arábico. Posição no canto superior direito. A numeração arábica continua a numeração romana. Páginas intercaladas Nas separações de capítulos não devem conter numeração de páginas, apesar de serem inclusas na contagem Quadro No. 3. Gabarito:
Paginação
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Papel e Letra Especificação Tamanho do Papel A4 (21 cm largura por 29,7 cm de altura). Utilizar sempre a frente das folhas, nunca o verso Tamanho de Letra de Título 16 (negrito) Tamanha de letra de Subtítulo 14 (negrito) Tamanho de letra de subsub-título 12 (negrito) Tamanho da Letra do Texto 12 Tamanho da letra de citação longa 10 Tamanho da letra da Nota de Rodapé 10 Tipo de Letra Times New Roman ou Arial Palavras com conotações “forçadas” Utilizar aspas Palavra estrangeira Utilizar Itálico Quadro No. 4. Gabarito: Papel e Letra
Margem Especificação Esquerda 3 cm Direita 2 cm Superior 3 cm Inferior 2 cm Início do Parágrafo 1 cm (régua do Word : 1) Citação Longa (mais de 3 linhas) Sem recuo , letra tamanho 10 e em itálico. Quadro No. 5. Gabarito: Margens
Manual de Elaboração de Tese, Dissertação e Monografia 15
3. ESTRUTURA DO TRABALHO
Os elementos dividem-se em Preliminares, Corpo do Trabalho ou Pósliminares:
ELEMENTOS PRELIMINARES OU PRÉ-TEXTUAIS
CORPO DO TRABALHO OU TEXTUAIS
ELEMENTOS PÓSLIMINARES OU PÓSTEXTUAIS CAPA INTERNA INTRODUÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FOLHA DE ROSTO CAPÍTULO TEÓRICO 1 GLOSSÁRIO FOLHA DE APROVAÇÃO CAPÍTULO TEÓRICO 2 APÊNDICE FOLHA DE FICHA DE CATALOGAÇÃO CAPÍTULO TEÓRICO 3 ANEXOS DEDICATÓRIA METODOLOGIA DA PESQUISA AGRADECIMENTOS ANÁLISE DOS RESULTADOS ABSTRACT CONCLUSÃO SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES
4.1.5 DEDICATÓRIA
Normalmente consta de 3 a 4 linhas, situadas no canto inferior direito, conforme exemplo:
Ex: À minha esposa (fulana) e filhos (beltrano, sicrano...) pelo amor que tenho...
4.1.6 AGRADECIMENTOS
Geralmente o agradecimento é dirigido a Deus, familiares, orientador, professores, colegas, funcionários de apoio à universidade, amigos colaboradores, pessoas de empresas que colaboraram na pesquisa. Máximo de 2 folhas.
4.1.7 ABSTRACT
Na realidade é o Resumo na língua estrangeira, normalmente em inglês. Um abstract e resumo devem ser um texto de forma corrida, sem recuo, espaço simples, sem parágrafo, letra Times New Roman tamanho 12, e apresentar a seguinte seqüência: contextualização, problematização, objetivo, base teórica, metodologia, resultados principais e conclusão. Apresentar, ainda, abaixo do abstract até seis key words (palavras-chave).
Manual de Elaboração de Tese, Dissertação e Monografia 22
4.1.7 SUMÁRIO
É a enumeração das principais divisões ou partes componentes do texto (capítulos e suas subdivisões), na ordem em que se sucedem, seguidas da respectiva paginação.
Ao topificar, não colocar ponto final na numeração de subtópicos. Exemplo: o certo é 5.3.1 e não 5.3.1. (note o ponto final após o numeral “1”).
4.1.9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Aconselha-se separar em Quadros, Figuras (esquemas, organogramas, figuras, fotos), Gráficos e Tabelas, entretanto, no Sumário consta apenas a Expressão “Lista de Ilustrações”.
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4.2 CORPO DO TRABALHO OU TEXTO
Sugere-se que cada capítulo comece no início de uma página, e que entre os capítulos haja folha interna de rosto;
Recomenda-se a seguinte seqüência (discuta com seu Prof. orientador. Ele lhe dirá a melhor estrutura dos capítulos para seu trabalho) :
4.2.1 INTRODUÇÃO
Este capítulo não deve ser numerado. Contém um texto corrido, sem topificação, abrangendo os elementos abaixo:
q Problematização e delimitação do Tema; q Objetivos gerais e específicos; q Hipóteses ou pressupostos adotados (estudos exploratórios); q Motivação e relevância do tema; q Estrutura do trabalho, e q Definições de Termos. No caso dos objetivos gerais, objetivos específicos e hipóteses, sublinhar essas palavras quando for o caso de citá-las. Recomenda-se não fazer ou fazer poucas referências bibliográficas nos capítulos Introdução e Conclusão.
4.2.2 REFERENCIAL TEÓRICO (CAPÍTULOS TEÓRICOS)
Recomenda-se de dois a quatro capítulos, nos quais o pesquisador deverá abordar o marco teórico e a revisão da literatura (teorias, modelos) no tema, incluindo as principais pesquisas relacionadas. Devem-se numerar os capítulos teóricos.
Verificar a proporcionalidade dos capítulos. Portanto, não se recomenda capítulos muito grandes ou muito pequenos. Cada capítulo deve ter consonância com o tema, interligação e lógica.
4.2.3 METODOLOGIA DA PESQUISA
Este capítulo deve ser numerado. Apresentar como foi realizado o trabalho, abordando as seguintes partes:
q Natureza e tipo de pesquisa; q Localização e período da pesquisa; q População e amostra; q Variáveis de estudo; q Tipos e fontes de informação; q Métodos, instrumentos e técnicas de coleta de dados (incluindo cuidados com erros não amostrais); q Pré-Teste, e q Técnicas de análise e sistemas utilizados.
4.2.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Este capítulo deve ser numerado. Apresentar o ambiente da pesquisa, situando o leitor no tipo de área-alvo de estudo. No caso de pesquisas do campo da administração, abordar o cenário e tipo de setor ou organização de estudo (indústria, comércio, serviço) e o cenário econômico sobre a área de estudo.
Descrever e dissertar as questões de análise, apresentando a tabulação e classificação dos dados. Interpretar os quadros, tabelas, figuras e gráficos apresentados.
Realizar análises cruzadas das questões que interessam e não somente análises de cada questão em forma seqüencial.
4.2.5 CONCLUSÃO
Não numerar este capítulo. A conclusão é o ponto alto do trabalho. Devese realizar um resumo da análise e procurar concluir em dois ou mais parágrafos ao final, para que não haja várias pequenas conclusões sem uma conclusão “geral”.
Não esquecer de mencionar quais objetivos foram atingidos e quais hipóteses foram validadas.
Nas limitações ressaltar que os resultados apresentados são objeto da metodologia empregada. Apresentar as sugestões técnicas para solução do fenômeno estudado e as recomendações científicas para os próximos estudos.
4.3 ELEMENTOS POSLIMINARES OU PÓS-TEXTUAIS
Manual de Elaboração de Tese, Dissertação e Monografia 26
Ao final, após o capítulo de Conclusão, incluem-se as Referências Bibliográficas por ordem alfabética, o Glossário de Termos (se houver), os Apêndices e os Anexos. Não se devem numerar os elementos pré-textuais. O próximo tópico é o Apêndice (que inclui cartas de apresentação, questionários, roteiros de entrevistas, se houver). Assegurar-se de que as questões do questionário têm base nos capítulos teóricos e se apóiam os objetivos e a validação das hipóteses. Em seguida vem o Glossário de termos, se houver. Após os Apêndices, têm-se os Anexos (como relação de empresas, balanços financeiros e outros).
Não numerar este tópico. Apresentar as obras em ordem alfabética por elemento de entrada. Recomenda-se utilizar bibliografia em língua estrangeira e o máximo de periódicos científicos. Alinhar as bibliografias à esquerda.
4.3.2 GLOSSÁRIO DE TERMOS Lista de abreviaturas, expressões em ordem alfabética, que ajudem o leitor no entendimento do trabalho.
4.3.4 APÊNDICE(S) (exemplo: questionários utilizados)
Nesta seção incluem-se tópicos produzidos pelo próprio autor da pesquisa que sejam necessários à compreensão do trabalho, como por exemplo, os questionários e roteiros de entrevistas. Inserir os questionários em branco, com as questões não preenchidas. A carta de apresentação do questionário também consta do Apêndice. Não se deve numerar este tópico.
4.3.5 ANEXO
Caso o anexo seja de muitas folhas (mais de 50), é preciso estudar a possibilidade de se fazer um segundo volume. Como exemplo de Anexo, podem-se citar tabelas, balanços, relações das empresas pesquisadas. Em suma, são informações que não foram elaboradas pelo Autor. Em caso de mais de um anexo, numerá-los.
Tanto o Apêndice quanto Anexo devem ser numerados por algarismos romanos maiúsculos. Ex.: Apêndice I, Apêndice II ou Anexo I, Anexo II.
5. PRINCIPAIS REGRAS DE REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT é responsável pelas normas orientadoras na elaboração de projetos de pesquisa e trabalhos científicos. Dentre suas normas destacam-se:
a) A NBR 6023/2002, de agosto/2002, que é o instrumento que norteia as referências para publicações e trabalhos científicos, onde se incluem as monografias de especialização, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Ela trata basicamente das referências bibliográficas (livros, Anais, periódicos, dissertações e teses, internet etc).
b) A NBR 14724, de agosto/2002, que trata da estrutura dos trabalhos acadêmicos como os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.
c) A NBR 10520, de agosto/2002, que trata das citações em notas de rodapé.
A referência bibliográfica é um conjunto de elementos que permite a identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de material.
Registram-se, aqui, as regras específicas para a elaboração da dissertação nos mestrados :
a) as citações devem ser realizadas no corpo do texto. Exemplo: De acordo com Forte (2003) nas pesquisas exploratórias e descritivas predominam os métodos qualitativos e/ou quantitativos, e nas pesquisas causais há uma predominância dos métodos quantitativos;
b) caso apresente-se uma citação textual e queira se identificar a autoria escreve-se o autor em letras maiúsculas. Ex. Nas pesquisas exploratórias e descritivas predominam os métodos qualitativos e/ou quantitativos, e nas pesquisas causais há uma predominância dos métodos quantitativos. (FORTE, 2003);
Note, então, que se o(s) nome(s) do(s) autor(es) estiver(em) fora do parêntese, apenas a(s) primeira(s) letra(s) deve(m) ser grafada(s) em maiúsculo. Caso fique(m) dentro do parêntese, todo(s) o(s) autor(es) deve(m) estar em caixa alta (caps lock).
Optou-se por essa modalidade, ao invés de nota de rodapé, para facilitar a confecção de artigos científicos a partir da dissertação.
c) A numeração e fonte das ilustrações (tabela, quadro, gráfico ou figura) devem localizar-se abaixo da ilustração.
Há uma diferença entre Quadro e Tabela. Nos quadros colocam-se as grades laterais e são usados para dados e informações de caráter qualitativo. Nas tabelas não se utilizam as grades laterais e são usadas para dados quantitativos. É necessário padronizar o formato de todas as ilustrações.
Manual de Elaboração de Tese, Dissertação e Monografia 30
A figura pode ser um esquema, um fluxograma, um organograma.
Logo abaixo do Quadro, Figura, Gráfico ou Tabela, colocar a expressão:
Quadro No.1. Gabarito das dissertações. Fonte: (autor, página).
Quando houver qualquer adaptação do autor da pesquisa, escreve-se:
Fonte: Figura adaptada de....(autor, página).
No caso de citação da fonte, quando o pesquisador elaborou um quadro ou tabela utilizando-se de dados da fonte, de forma inédita em relação ao original, escreve-se:
Fonte: (autor, página). Elaboração do autor;
d) As referências bibliográficas devem ser apresentadas por ordem alfabética, sem recuo na segunda linha. Para o destaque da obra (título) ou Anais (periódico) colocar a expressão em itálico e o alinhamento deve ser à esquerda;
e) Os casos de citação textual devem ser elaborados com recuo e letra 10.
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g) se for preciso citar um texto que pertence a algumas páginas seqüenciais faz-se assim: ex. (FORTE, 1997, p. 30-38). As páginas são separadas por hífen. Usar somente um “p”;
h) Quando houver necessidade de citar um autor que esteja citado em uma obra utilizar o recurso do apud como no seguinte exemplo: De acordo com Forte (2001 apud CASTRO, 2003, p. 31);
i) Usa-se o recurso do In: quando se quer citar um capítulo dentro de uma obra. Ex. De acordo com Forte (2001 In: CASTRO, 2003, p. 53-65). Neste caso há um capítulo de Forte na obra de Castro;
j) Quando houver mais de dois autores pode-se citá-los nominalmente ou escrever a expressão “et al” ou “et alii”. Exemplo: de acordo com Forte et al (2003);
h) Ao final, nas Referências Bibliográficas, apresentar todas as bibliografias utilizadas no trabalho, sem o número das páginas citadas (exemplo fictício):
FORTE, Sérgio Henrique Arruda C. Desmistificando a elaboração de dissertação e tese. São Paulo: Atlas, 2001.
i) Caso a fonte de pesquisa seja pela Internet, referenciar o texto pesquisado observando as regras descritas neste manual, seguido do teor da linha do site da internet (entre os sinais menor “<” e maior “>”) precedido da Manual de Elaboração de Tese, Dissertação e Monografia 32
expressão “Disponível em:” e a data de acesso ao documento, precedida da expressão “Acesso em dd.mm.aaaa.” Não se recomenda referenciar material eletrônico de curta duração nas redes.
Exemplo de como referenciar pela Internet: SILVA, M.M.L. Crime na era digital. Net. Rio de Janeiro: nov, 1998. Seção Ponto de Vista. Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevista.htm>. Acesso em 28.11.1998.
No caso dos mestrados do Centro de Ciências Administrativas, para a defesa da dissertação, entregar quatro volumes (três para a banca e um para a coordenação) em capa flexível espiral e ainda uma declaração de revisão gramatical do trabalho realizada por revisor especializado.
Até sessenta dias após a defesa, quando da entrega definitiva da dissertação, incluindo as correções apontadas pela banca examinadora, entregar três volumes, sendo um em espiral e dois em folhas soltas, para que a Coordenação providencie o envio à Biblioteca Central para a confecção em capa dura. Sugere-se que o aluno providencie exemplares para colegas e superiores de sua empresa, instituições e pessoas que o ajudaram na pesquisa, para algumas universidades importantes do País e de seu Estado, e alguns exemplares a amigos, parentes em que o esquecimento é imperdoável.
É obrigatório, ainda, na entrega definitiva da dissertação, 60 dias após a defesa, que seja entregue em disquete ou CD e em papel, um artigo científico sobre a dissertação, no modelo ENANPAD (16 páginas, papel A4, espaçoManual de Elaboração de Tese, Dissertação e Monografia 33
simples, referência no corpo do texto, letra Times New Roman 12, margem superior 3, margem inferior 2, recuo esquerdo 3 e recuo direito 2), contendo Introdução, Capítulos teóricos, Metodologia da Pesquisa, Análise, Conclusão e Referências Bibliográficas.
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6.PROBLEMAS COMUNS EM ELABORAÇÃO DE TESE, DISSERTAÇÃO OU MONOGRAFIA
A seguir, apresentam-se alguns problemas e erros comuns na elaboração de uma tese, dissertação ou monografia, divididos por tópicos gerais e específicos.
6.1 Elementos pré-textuais
• Título mal formulado, não alinhado com o tema;
• Recuo exagerado da folha de rosto referente ao texto (Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado...como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Administração);
• Elaboração do Resumo faltando um dos seguintes elementos: contextualização, problematização, objetivo, a base teórica (sugere-se citar o(s) autor(es) base e ano), a metodologia da pesquisa, incluindo a técnica analítica, os principais resultados e a conclusão. O resumo deve ser um parágrafo, sem recuo, escrito de forma corrida. O Resumo deve conter até 15 linhas;
• Abstract com problemas de versão, em função de uso de software como global link, translator, babylon deixando “sujeiras”, sem refinamento do inglês;
• Palavras-chave ou key words genéricas demais. Lembre-se que é por elas que se pesquisará o artigo em bibliotecas e sites;
Manual de Elaboração de Tese, Dissertação e Monografia 35
6.1 Gramática, Formatação e Lógica
• Erros de concordância verbal e nominal;
• Emprego errado de crase;
• Problemas no emprego da vírgula;
• Vírgula entre o sujeito e o predicado;
• Uso indevido de próclise por ênclise e o inverso também;
• Uso de palavras sem o trema;
• Uso de vírgula antes de etc, e de ponto final após etc, quando no meio de uma frase;
• Início de parágrafo com a mesma expressão do título;
• Utilização repetida de expressões (Ex.: "isto é", "o fato é que”, “neste sentido”, “segundo”);
• Utilização de verbos e expressões erradas, a exemplo de oportunizar, prospectar, deletar, a nível de, de formas que, inusuais, intemporal, no sentido de, através de, onde (sem conotação de lugar físico), verbo visar como transitivo direto com o sentido de objetivar, junto a, pró-ativa, nesse ao invés de neste, dentre outros. Consultar sempre o dicionário em caso de dúvidas;
• Uso de palavras repetidas no mesmo parágrafo;
• Uso de palavras e expressões como as seguir: vários, muitos, alguns, todos, realmente, na verdade, certamente, exatamente, perfeitamente,
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plenamente, todos nós conhecemos, um ponto definitivo, a questão crucial é.... O motivo é que uma pesquisa científica precisa de comprovação e as expressões citadas generalizam ou delimitam impropriamente;
• Iniciar frases com a conjunção adversativa, ou colocar vírgula após este tipo de conjunção. (forma errada: Mas, a situação...); idem com as expressões “Ou seja”, “E”, “Ou que”, “Pois;”;
• Uso indevido da expressão “i.é”. (não leva acento);
• Citação de expressões adjetivas no texto e para autores (ex: como o renomado, o fantástico...);
• Uso de expressões clichês como (No mundo hodierno...). Evitar frases iniciais chavões sobre o tema globalização ou competitividade, que aparecem em demasia nos textos atuais, principalmente no Resumo e na Introdução;
• Uso da 1a. pessoa do singular ou do plural, quando o recomendado é a 3a. pessoa do singular no texto;
• Emprego de verbos no futuro, quando deveriam ser no passado ou no máximo no presente;
• Não utilização do papel tamanho A4, letra times new roman tamanho 12, e margens superior e esquerda iguais a 3, e margens inferior e direita iguais a 2;
• Emprego em listagens de itens, sem ponto-e-vírgula ao final das linhas;
• Colocação de ponto ao final dos títulos;
Manual de Elaboração de Tese, Dissertação e Monografia 37
• Uso de linha solitária ao final da página;
• Não observação de espaços em branco no texto. O Word avisa com um sublinhado em verde;
• Não normalização dos modelos de gráficos, tabelas e quadros;
• Títulos e subtítulos do trabalho não escritos com as iniciais das palavras em maiúsculo.(o correto é modelo Maiúsculo-minúsculo, ou Mm);
• Uso de dois pontos ao final de títulos e subtítulos;
• Não colocar as palavras estrangeiras em itálico;
• Uso de figuras sem numeração e sem fonte;
• Uso de figuras, quadros ou tabelas ilegíveis;
• Uso de quadro, quando deveria ser figura, ou o inverso;
• Uso de quadro, quando deveria ser tabela, ou o inverso;
• Uso de siglas sem especificação;
• Colocação de aspas nas citações textuais, em recuos e/ou com letra 12 (o correto é sem aspas e uso de letra tamanho 10);
• Usar a numeração, o título e a fonte em tamanho 12 e acima da ilustração. O correto é abaixo da ilustração em letra tamanho 10;
• Utilização de numeração na Introdução, Conclusão, Referências Bibliográficas, Glossário de Termos, Apêndices e Anexos;
• Não normalização do tamanho, tipo e cores das letras;
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• Colocação de pontos após numeração de sub-tópicos (ex. 3.1.1. , quando o correto é 3.1.1 sem o ponto ao final). Outro exemplo: o correto é 2.1 e não 2.1. , e ainda 2. e não apenas 2);
• Colocação de vírgula antes de apud;
• Uso de notas de rodapé (não se recomenda). Caso possa usar, colocar a fonte;
• Dizer “Como se observa acima”, quando a ilustração está na página anterior;
• Falta de interligação e de seqüência lógica entre as seguintes partes (Introdução, tópicos teóricos, metodologia da pesquisa, análise e conclusão).
6.2 Introdução
• Numerar a Introdução;
• Iniciar a Introdução com a mesma frase do Resumo;
• Introdução subdimensionada, pequena;
• Prolixidade. Existem muitas partes desnecessárias. Desenvolvem-se muitos itens totalmente desnecessários ao tema;
• Desenvolvimento de referencial teórico na Introdução. Devem-se guardar as citações para o referencial teórico;
• Baixo nível ou ausência de contextualização;
Manual de Elaboração de Tese, Dissertação e Monografia 39
• Problematização pobre de conteúdo ou uso de mais de um problema;
• Falta de clareza e pertinência dos objetivos;
• Explicitação do Objetivo Geral como uma etapa da pesquisa;
• Explicitação dos Objetivos Específicos como passos ou etapas do Objetivo Geral;
• Dizer que não há nenhuma pesquisa no tema, quando se vasculhou apenas as pesquisas nacionais, por exemplo;
• Estabelecimento de hipóteses sem fundamentação ou discussão anterior, ou seja, hipóteses provenientes “do nada”;
• Hipóteses mal formuladas, sem interligação com os objetivos;
• Formulação de muitas hipóteses, ou hipóteses com conectores aditivos tipo “e” (caso de hipóteses múltiplas em uma mesma hipótese, prática que não se recomenda);
• Descrever a metodologia na Introdução;
• O trecho da relevância do tema escrito de forma superdimensionada;
• Relevância do tema mal fundamentada;
• Falta de originalidade do trabalho.
6.3 Referencial Teórico
• Baixa qualidade da revisão da literatura;
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• Elaborar um texto meramente descritivo ao invés de dissertativo. Não discutir as idéias e pesquisas. Não desenvolver espírito crítico;
• Fraco nível de consistência teórica para apoiar a pesquisa;
• Uso da expressão Referencial Teórico. Recomenda-se de dois a quatro tópicos numerados e nominados;
• Divisão dos tópicos por assuntos. O mais adequado é dividir os tópicos teóricos focados no tema. Deve-se levantar o estado da arte no tema e as contribuições (pesquisas científicas) no tema;
• Falta de pesquisas no tema. Observação: já existem muitas pesquisas (dissertações e artigos) realizadas pelo mestrado do próprio programa que ajudariam no desenvolvimento do tema em recentes em estudos;
• Pouco uso de periódicos científicos. Uso de bibliografia baseada em livros do tipo manual de graduação e especialização. As pesquisas científicas brasileiras levantam pouco o estado da arte. Deve-se privilegiar o uso de periódicos de bom nível (ver Qualis da CAPES) nacionais e internacionais;
• Uso de conceitos, características, tipologias de forma agregada, do tipo copiado/colado, sem uma dissertação, sem uma análise. Uma dissertação não é um manual, uma apostila;
• Pouco uso de bibliografia e papers estrangeiros (língua inglesa, por exemplo);
• Colocação da hipótese no Referencial Teórico;
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• Inserção de tópicos que não têm relevância ou conexão específica com o trabalho;
• Citações ou desenvolvimento teórico sem apoio de referência bibliográfica, sem as fontes;
• Anos das obras citadas diferentes das mesmas obras colocadas nas Referências Bibliográficas;
• Citação do autor com o nome completo ou primeiro nome e sobrenome, quando deveria ser pelo último sobrenome;
• Referência bibliográfica citada no corpo do texto e não citada na bibliografia final e o inverso também;
• Copiar partes de textos de bibliografias, como se fosse do autor do artigo, sem citar a fonte;
• Inclusão de ilustração sem referenciar no texto e sem explicação ou justificativa;
• Descrições de “agregados” sobre um tópico como “conceitos”, “características”, “processos”, dentre outros, sem uma análise dissertativa do autor sobre semelhanças e diferenças por item, por autor ou por grupo de autores. Recomenda-se fazer, ao final, quadros comparativos;
• Uso indevido do In: e do apud;
• Poucas contribuições teóricas nos tópicos;
• Não inclusão de outras pesquisas similares, correlatas, ou sobre o tema;
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• Explicitação indevida das fontes. Há artigos que colocam como fonte o nome de uma biblioteca, o que é inadimissível;
• Uso de citação longa no corpo normal do texto sem fazer uso de recuo (mais de 3 linhas deve-se usar o recuo);
• Referenciar texto de autores citados em uma obra, como se o pesquisador tivesse pesquisando a obra de origem, e de fato está pesquisando de um artigo que cita essa obra (falta de ética e erro gravíssimo);
• Apresentações de bibliografias antigas quando já se têm edições mais recentes;
• Incluir a análise do caso no referencial teórico.
6.4 Metodologia de Pesquisa
• Não justificativa do tipo de pesquisa;
• Não justificar a escolha do modelo a testar;
• Não referenciar autores de obras de Metodologia de Pesquisa ou de Metodologia Científica;
• Não descrição das variáveis de estudo. Confunde-se muito variáveis com as questões do questionário. Caso não se tenham as variáveis, explicar os itens componentes do questionário no tópico da Metodologia da Pesquisa;
• Não definição ou definição “frágil” dos critérios de estratificação;
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• Não justificativa ou justificativa frágil ou inconsistente do critério de escolha da população ou amostra;
• Estudos demasiadamente descritivos da situação atual. Pouca relevância à questão do antes, do depois e da contextualização;
• Não explicitação do período da pesquisa;
• Não registro do método de coleta de dados;
• Não inclusão das informações de como foi o pré-teste;
• Análise documental colocada como se fosse pesquisa primária;
• Pouca priorização às razões dos acontecimentos, com ênfase na descrição do que aconteceu, ou vem acontecendo, sem uma intenção de se estudar os porquês;
• Não explicitação do critério analítico. É preciso haver um modelo teórico para se comparar e analisar os fenômenos estudados;
• Nos estudos de caso, não inclusão do plano de pesquisa;
• Elaboração do questionário da pesquisa, sem que as questões não estejam apoiadas no Referencial Teórico;
• Não haver perguntas no questionário que apóiem o problema, os objetivos e as hipóteses da pesquisa;
• Questionários mal formatados, que implicam em uma análise ruim. Devese elaborar um questionário que possa ser bem relacionado com o software ou a técnica de análise;
Manual de Elaboração de Tese, Dissertação e Monografia 44
• Não uso do item “Outros” nas perguntas.
6.5 Análise e Conclusão
• Inclusão antes da metodologia ou não inclusão no artigo de um item do tipo “Perfil da Empresa, Perfil do Setor, Ambiente do Estudo, Estudo de Caso” que trata de uma análise de como está a ‘indústria” ou a empresa do caso em que o tema está inserido;
• Análises sem pré-testes;
• Inexistência de análises cruzadas entre as questões do questionário/roteiro;
• Falta de análise comparativa entre estratos da amostra;
• Fazer uma mera descrição de um quadro, figura, tabela, ou gráfico, sem analisá-lo de acordo com o tema;
• Realizar análises sem consonância com a base teórica utilizada;
• Fazer conclusões sem haver a devida análise;
• Não mencionar e não justificar no tópico da conclusão se os objetivos foram atingidos e se as hipóteses foram validadas;
• Não inclusão das limitações e recomendações ou sugestões para o fenômeno estudado e para próximas pesquisas. Se possível deve-se sugerir inclusive a metodologia dos próximos estudos;
• Conclusão sem uma conclusão, ou ainda, várias conclusões sem uma conclusão. Esta conclusão definitiva deve constar no Resumo.
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6.6 Referências Bibliográficas
• Inclusão da expressão Editora. Ex. São Paulo: Editora Atlas, 2003. O correto é São Paulo: Atlas, 2003;
• A listagem das referências bibliográficas estar fora da ordem alfabética pelas palavras de entrada, e, ainda desrespeito à ordem cronológica (colocar em ordem crescente de ano) dentro da ordem alfabética. Caso se tenham obras do mesmo autor e mesmo ano, incluir as letras alfabéticas em ordem decrescente ao final dos anos. Exemplos 2003, 2003a, 2003b e assim por diante;
• As referências estarem alinhadas de forma justificada. O correto é alinhamento à esquerda;
• As obras estarem separadas por espaços simples, quando o correto é duplo;
• Não destacar em itálico ou em sublinhado as obras citadas;
• Referenciar bibliografias sem estarem referenciadas no corpo do texto;
• Erros de citação nas pesquisas de internet;
• Não observação da ABNT de agosto de 2002, NBR 6023;
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7. Exemplos base de Referências Bibliográficas (para detalhes consultar a ABNT 6023, de agosto de 2002)
Normalmente usam-se referências de livros, dissertações ou teses, artigos de periódicos e artigos de Anais.
Apresentam-se, a seguir, modelos base para essas quatro fontes mais referenciadas:
7.1 Livro PORTER, Michael E. Competive strategy: techiniques for analysing industries and competitors. New York: Free Press, 1980.
7.2 Dissertação ou Tese
CARVALHO, Ileuda Coelho de. Estudo das Mudanças Estratégicas nos Cursos de Administração das Organizações Universitárias do Estado do Ceará. 2002. 158f. Dissertação (Mestrado). Universidade de FortalezaUNIFOR, CMA, Fortaleza, 2002.
BELIK, W. Agroindústria processadora e política econômica. 1992. 219 f. Tese (Doutorado). UNICAMP, Campinas, 1992
7.3 Artigos de Periódico (revista) WERNEFELT, B. A. A Resource-based view of the firm. Strategic Management Journal, v.5, p. 171-180, 1980
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OLIVEIRA, J. C. Transferências de recursos da agricultura no Brasil: 1950/74. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 14, n.3, dez. 1984.
7.4 Artigo de Anais SKORA, Claudio Marlus e MENDES, Dayse. As Coisas Novas: Porque TGA parou no tempo? In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃOENANPAD, XXV., 2001, Campinas-SP. Anais... Campinas: ANPAD, 2001, 1 CD ROM BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPOSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9., 1994, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 1994.
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